Sérgio Bernardes
Arquiteto carioca importante para o design nacional, Sérgio Bernardes (1919-2002) é criador de um estilo arquitetônico único. Começou a trabalhar muito jovem, fundando sua oficina de maquetes aos 13 anos. Graduado em 1948, trabalhou com Lucio Costa e Oscar Niemeyer no início de sua carreira, sendo autor de obras representativas como o projeto do pavilhão brasileiro na Feira Mundial da Bélgica, em 1958; do Pavilhão de São Cristóvão; do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília; do mastro da bandeira nacional de Brasília; e do Hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa.
Bernardes buscava soluções construtivas e espaciais além das convencionais junto ao entendimento material e estrutural. Vivendo a frente do seu tempo, em 1979 criou o Laboratório de Investigações Conceituais - LIC, um laboratório de pesquisas dedicado à pesquisa e formulação de planos urbanos e territoriais, em que objetivo se baseava nas investigações espaciais, além da arquitetura, mas do conjunto de itens que a compõe, como abordagens à natureza, aspectos sociais e filosóficos.
Entre seus principais projetos também estão: a Residência Lota Macedo de Soares (1953), Pavilhão de Bruxelas (1958), o projeto Rio do Futuro (1960), Pavilhão de São Cristóvão (1960), sua própria residência (1960), Hotel Tambaú (1962), Hotel Tropical de Manaus (1963/1970), Planetário de Brasília (1974), Posto de Salvamento da cidade do Rio de Janeiro (1976).
Sérgio é pai do arquiteto Cláudio Bernardes e avô do arquiteto Thiago Bernardes. O neto comanda o escritório Bernardes Arquitetura que atravessou gerações. Claudio é é autor de um original e inconfundível estilo residencial, onde os elementos primitivos da cultura brasileira são inseridos de forma a criar um contexto contemporâneo. Com mais de vinte anos de experiência, Thiago vem ao longo desses anos criando sua própria identidade sem abandonar a influência que seu pai e seu avô lhe deixaram.
Casa Lota Macedo de Soares
Palácio da Abolição